Conven\u00e7\u00e3o da UNESCO de 2003<\/strong><\/a>, que promoveu uma mudan\u00e7a paradigm\u00e1tica ao reconhecer a diversidade cultural como um valor humano essencial.<\/p>\nNa resenha, Cunha Filho inicia sua an\u00e1lise contextualizando a import\u00e2ncia do patrim\u00f4nio cultural imaterial e a necessidade de sua prote\u00e7\u00e3o jur\u00eddica, destacando que a Conven\u00e7\u00e3o da UNESCO \u00e9 um marco de sucesso em termos de ratifica\u00e7\u00e3o, com 180 pa\u00edses aderindo a ela. Essa ades\u00e3o reflete um reconhecimento global da import\u00e2ncia de preservar as express\u00f5es culturais que, muitas vezes, s\u00e3o vulner\u00e1veis \u00e0 globaliza\u00e7\u00e3o e \u00e0 homogeneiza\u00e7\u00e3o cultural.<\/p>\n
A autora da obra explora como as legisla\u00e7\u00f5es dos tr\u00eas pa\u00edses europeus foram moldadas por essa conven\u00e7\u00e3o, mas tamb\u00e9m como cada um deles desenvolveu suas pr\u00f3prias pol\u00edticas p\u00fablicas e estruturas legais, levando em conta suas particularidades culturais e sociais.<\/p>\n
Diversidade Cultural e Direito.<\/strong><\/p>\nA obra \u00e9 rica em detalhes jur\u00eddicos, apresentando uma an\u00e1lise comparativa que revela as semelhan\u00e7as e diferen\u00e7as nas abordagens legislativas. Cunha Filho, na condi\u00e7\u00e3o de resenhista cr\u00edtico, discute a recente data\u00e7\u00e3o das legisla\u00e7\u00f5es espec\u00edficas para o patrim\u00f4nio cultural imaterial, que emergiram no in\u00edcio do s\u00e9culo XXI, e como essas legisla\u00e7\u00f5es refletem n\u00e3o apenas a influ\u00eancia da UNESCO, mas tamb\u00e9m as tradi\u00e7\u00f5es jur\u00eddicas locais e as necessidades sociais de cada pa\u00eds.<\/p>\n
O resenhista argumenta que, embora haja um reconhecimento comum da import\u00e2ncia do patrim\u00f4nio cultural imaterial, as respostas legislativas variam significativamente, o que pode ser atribu\u00eddo a fatores hist\u00f3ricos, sociais e pol\u00edticos.<\/p>\n
Al\u00e9m disso, a obra sugere a necessidade de um di\u00e1logo cont\u00ednuo entre os pa\u00edses para a constru\u00e7\u00e3o de um arcabou\u00e7o jur\u00eddico mais robusto e eficaz na prote\u00e7\u00e3o do patrim\u00f4nio cultural imaterial. Cunha Filho tamb\u00e9m faz um apelo aos editores brasileiros para que considerem a tradu\u00e7\u00e3o da obra, reconhecendo sua relev\u00e2ncia para o contexto brasileiro, onde a prote\u00e7\u00e3o do patrim\u00f4nio cultural imaterial \u00e9 uma quest\u00e3o de crescente import\u00e2ncia.<\/p>\n
Desafios e Avan\u00e7os na Prote\u00e7\u00e3o do Patrim\u00f4nio Cultural Imaterial.<\/strong><\/p>\nA resenha n\u00e3o apenas enriquece o debate acad\u00eamico, mas tamb\u00e9m serve como um recurso valioso para profissionais do Direito, pesquisadores e estudantes que buscam compreender as complexidades do patrim\u00f4nio cultural imaterial e sua prote\u00e7\u00e3o jur\u00eddica em um contexto global.<\/p>\n
A obra resenhada \u00e9 um convite \u00e0 reflex\u00e3o sobre a import\u00e2ncia da prote\u00e7\u00e3o do patrim\u00f4nio cultural imaterial e a necessidade de um entendimento mais profundo das legisla\u00e7\u00f5es que o cercam.<\/p>\n
A an\u00e1lise comparativa apresentada no livro de Chiara D\u2019Alessandro \u00e9 uma ferramenta essencial para aqueles que atuam nas \u00e1reas do Direito Internacional Privado, Direito Digital e Direito da Propriedade Intelectual, pois oferece uma vis\u00e3o abrangente das intersec\u00e7\u00f5es entre cultura, direito e sociedade, destacando a relev\u00e2ncia de um enfoque multidisciplinar na prote\u00e7\u00e3o do patrim\u00f4nio cultural.<\/p>\n
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Resenha cr\u00edtica\u00a0do livro\u00a0 \u201cA tutela jur\u00eddica do patrim\u00f4nio cultural imaterial: um estudo de direito comparado\u201d, de\u00a0Francisco Humberto Cunha Filho, sobre a obra de Chiara d\u2019Alessandro, foi realizada por\u00a0Marcos Wachowicz,\u00a0publicada na\u00a0Revista RRDDIS\u00a0\u2013\u00a0Revista Rede de Direito Digital, Intelectual & Sociedade, Curitiba, v. 1 n. 2, p. 357-362, 2021. RER\u00caNCIA BIBLIOGR\u00c1FICA DA RESENHA CUNHA FILHO, Francisco Humberto. \u201cA […]<\/p>\n","protected":false},"author":34,"featured_media":8361,"comment_status":"closed","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"_acf_changed":false,"footnotes":""},"categories":[55],"tags":[1169,78,889,1165,1163,1161,676,1167,1168,1166,1162,521,1159,830,655,1099,1160,1164],"class_list":["post-8364","post","type-post","status-publish","format-standard","has-post-thumbnail","hentry","category-resenhas","tag-chiara-dalessandro","tag-cultura","tag-direito-comparado","tag-diversidade-cultural","tag-espanha","tag-franca","tag-francisco-humberto-cunha-filho","tag-globalizacao","tag-humberto-cunha","tag-identidade-cultural","tag-italia","tag-legislacao","tag-patrimonio-cultural-imaterial","tag-pesquisa-juridica","tag-politicas-publicas","tag-protecao-legal","tag-tutela-juridica","tag-unesco"],"acf":[],"_links":{"self":[{"href":"https:\/\/data.ioda.org.br\/json\/wp\/v2\/posts\/8364","targetHints":{"allow":["GET"]}}],"collection":[{"href":"https:\/\/data.ioda.org.br\/json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"https:\/\/data.ioda.org.br\/json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/data.ioda.org.br\/json\/wp\/v2\/users\/34"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/data.ioda.org.br\/json\/wp\/v2\/comments?post=8364"}],"version-history":[{"count":0,"href":"https:\/\/data.ioda.org.br\/json\/wp\/v2\/posts\/8364\/revisions"}],"wp:featuredmedia":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/data.ioda.org.br\/json\/wp\/v2\/media\/8361"}],"wp:attachment":[{"href":"https:\/\/data.ioda.org.br\/json\/wp\/v2\/media?parent=8364"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"https:\/\/data.ioda.org.br\/json\/wp\/v2\/categories?post=8364"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"https:\/\/data.ioda.org.br\/json\/wp\/v2\/tags?post=8364"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}